terça-feira, 14 de junho de 2011

Ciúmes Mórbidos

Esta é a história da "Filipa" (não se trata do seu verdadeiro nome, é apenas um mecanismo de protecção à pessoa em questão). A "Filipa" veio de Inglaterra com uma mão à frente e outra atrás, sem trabalho e sem família, um tanto ou quanto esquecida por alguma entidade superior.
Depois de andar à procura de emprego, finalmente conseguiu arranjar algo para fazer. Trabalhava numa cozinha, num afamado restaurante da capital, mais especificamente em Alfama. A sua vida parecia estar a encaminhar-se.
Um dia, "Filipa" conheceu um homem. Era um homem já de meia-idade, com experiência de vida suficiente para compreender os seus problemas.
Não tardou muito para que "Filipa" se mudasse para casa desse homem. Ele não morava sozinho. Tinha um filho menor de idade e a sua mãe a viver nessa mesma casa.
No início, "Filipa" pareceu conquistar os corações dos familiares e apelar à sua causa através do relato da sua história marcada pela infelicidade. Até uma pessoa com uma personalidade menos sensível, não resistiria a parar para escutar.
"Filipa", já completamente à vontade na casa, começou a abusar dos poderes. Não só da posição que ocupava, como também da hospitalidade que lhe foi concedida. E foi por essa altura, que o seu maior problema começou a transparecer.
"Filipa" era alcóolica. Apesar de não admitir que o era, era evidente que bebia demasiado e todos os dias. E quando bebia, tornava-se agressiva e ciumenta.
Tão ciumenta que o homem que a tinha acolhido, não podia ter amigas ou sequer conhecidas, o seu telemóvel era controlado e via uma possível traição em qualquer situação.
Numa noite,"Filipa" bebeu e acabou por partir uma mesa, destruíndo os seus pertences. Disse que se ia embora e que se lhe acontecesse alguma coisa, a culpa era daquele homem.
Ele deixou-a sair. Se o tinha privado das suas liberdades, também a podia privar da sua companhia... Ela precisava de ajuda.




Continua...


3 comentários:

  1. Espero pela continuação!
    Estou curiosa!
    Beijo.
    isa.

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  2. Vou conter a vontade de comentar até acabares de contar a “história”, é sempre perigoso fazer comentários sem saber tudo o que é possível ;)

    Beijinhos,
    FATifer

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