segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Imparcialidade? O que é isso?

Gosto de ouvir rádio. Especialmente quando vou no carro. Mas se há algo que me irrita, é que as pessoas mostrem as suas opiniões quando devem ser imparciais. Não é só uma questão de bom senso como também de profissionalismo. Já viram o que era um jornalista comentar todas as notícias que apresenta? Em vez de ser uma hora e meia, os noticiários passariam a ter três horas de duração.

O episódio que vou contar aconteceu ontem. Como sabem o Futebol Clube do Porto (FCP), jogou com o Académica e antes de começar o jogo, os comentadores deram a sua opinião relativamente ao resultado e ao onze escolhido por ambas as equipas. O acontecido não me suscitou interesse até que um comentador, muito pouco profissional e na minha opinião tremendamente elitista disse:
" O Porto vai jogar com o Académica. Como sabem, a última equipa que referi encontra-se no último lugar da classificação. E até posso acrescentar, quanto a este jogo, que se fosse da Académica diria para irem já para casa"

Por amor de Deus, senhor tudo menos comentador, porque não segue o seu próprio conselho e vai para casa? Até dá vontade de perguntar: Imparcialidade? O que é isso?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O lado sensível da coisa... ou se calhar não

Eu não sou lá muito fácil. Em questões como emoções ou sentimentos, prefiro não demonstrar o que realmente sinto. E não se trata de uma defesa, simplesmente não tenho paciência para ouvir conselhos. Aliás, vendo o meu "dark side", sou uma péssima pessoa. Sou teimosa, impaciente, irritante, chateio-me facilmente e perco completamente as estribeiras se alguém me obriga a repetir a mesma coisa mais que duas vezes. Para além de todas essas qualidades, detesto que me vejam chorar.

No entanto sempre me disseram que tenho um lado sensível. Dizem que utilizo as palavras de uma forma emocional, que faz com a escrita pareça muito melhor do que realmente é. Quanto a isso não sei, a "arte" é algo que o próprio "artista" tem dificuldade em falar. Se tentar encontrar um porquê, vou voltar a dizer que não sei e já lá vão dois. É melhor ficar por aqui.

E caso não tenham reparado, a coisa do título, sou eu. Ou se calhar não...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

P.S: Para os complexados

«Eu não sou complexada, claro que não. Só não uso a roupa que quero pois é uma imitação de todas as outras, não pinto os olhos no sentido em que vou parecer emo e nem sequer gosto de pessoas em geral". Porquê? Bem, a resposta é... Pessoa esquisita como dizem os nossos "irmãos" que utilizam os seus fluidos corporais para embelezar os nossos monumentos.

A mensagem de hoje é fácil de compreender, pelo menos na minha opinião. A todos os complexados, não pensem que são imitações por usarem a mesma coisa. As ideias nunca são originais. E isso acontece porque cada pessoa tem a sua maneira de contar uma história, de pensar, reflectir, até de imitar. Não fiquem ainda mais complexados do que são...

Vendo por outro prisma, tendo uma ideia que não sei bem se é original, os complexados têm a sua graça. Por exemplo o complexo de superioridade. Imagine-se uma pessoa que pensa ser mais dotada que todos os outros, capaz de realizar todas as tarefas na perfeição. Mas o destino é matreiro e surpreendentemente haverá alguma coisa que não é assim tão perfeita. Só apetece dizer: "Bem feita" e mostrar um sorriso de "boca cheia". Ok, fui demasiado extremista. (Para a próxima tentarei ser mais delicada).

Acabo este post desejando a todos um bom fim-de-semana. De preferência sem complexos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mitos e Lendas... blábláblá wiskas saquetas

Conversas de autocarro são sempre interessantes. Primeiro porque conseguem distrair alguém que passou literalmente um dia de cão, segundo porque as pessoas são extremamente interessadas na vida dos outros e finalmente porque os assuntos nunca são repetitivos. Tanto apanho jovens ao telemóvel, como senhoras atarefadas para chegar ao trabalho, como idosas a contarem o que lhes vai na alma. Mas atenção! Não estou a criticar de forma alguma essas actividades, muito pelo contrário. Para estar em silêncio já bastam os mortos!

As estatísticas estão erradas. A população portuguesa é bastante feliz. E se não sorriem por vontade, sorriem cordialmente. Ou quando se conta uma piada de mau gosto e alguém leva a mal, todos os outros parecem achar piada à infelicidade do fulano. Os problemas não duram o suficiente para se tornarem realmente uma infelicidade. Vejam na política. Manuela Ferreira Leite perdeu as legislativas. Mas não perdeu a pose. Continua a criticar, a criticar, a criticar... há realmente pessoas que não se conseguem repetir...

Para terminar deixo uma dica. Pelo menos um dia, um que seja, façam como o gato da publicidade da Wiskas saquetas: ouçam apenas o que querem ouvir.

sábado, 10 de outubro de 2009

O poder da ironia

Analisemos este poder. Sim, aquele de criticar subtilmente, uma arma que poucos possuem e que tantos se referem como indirectas. Como gosto de me manter informada e não há melhores meios de informação que a televisão e a Internet, tenho estado bastante ocupada. Nas minhas reflexões, procurei entender a razão de tanto alarido sobre certos assuntos. Por exemplo as escutas ao nosso Presidente da República, Cavaco Silva. Por amor de Deus, Portugal nunca até então tinha ouvido falar de tal falta de privacidade! Vamos fazer de conta que nada se passou e manter o silêncio até que a razão volte. Boa técnica, pena instigar o que se chama, bem, não me ocorre nada mais pertinente que a palavra… alarido!

Não podia falar de ironia e não incluir os geniais Gatos Fedorento. A subtileza com que Ricardo Araújo Pereira entrevista os convidados, a forma como as questões sofrem uma reviravolta e com um toque se tornam irónicas é de louvar. Procurando a essência da ironia, não se vai encontrar grande coisa. Também como o humor. E de humor, existem muitas pessoas em Portugal a quererem ser engraçadas mas que não têm graça nenhuma.

Termino esta crónica com votos de produzir muitas outras. Mas caso não aconteça tão rapidamente como o desejado, não se preocupem, não é caso para alaridos…